Feliz ano novo...
Após mais de 6 meses de ausência... chego a Portugal e só se fala na "Crise"... de tanto ouvir falar em Crise… fui pesquisar a origem da palavra…
Crise: Oriunda do latim, o termo crise tem a mesma equivalência da palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser. Não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.
Na Psicologia
No campo da Psicologia, em particular da Psicologia do Desenvolvimento, o conceito de crise é explicado como toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjectivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de factores que podem ser tanto externos, como internos. Toda a crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda a crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reacção.
Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reacção a situações menos agradáveis.
Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida.
Como é que encaramos cada desafio nas nossas vidas? Ou as várias crises pessoais ou colectivas?
A essa altura do campeonato a maioria de nós já percebeu ou está prestes a perceber o que de facto é importante na vida… a crise verdadeira é saber que o que nos faz sentir bem de verdade é muito diferente do estilo de vida que a maioria de nós está a levar… e a dependencia do sistema torna-nos prisioneiros de uma mentira... e o tempo vai passando... mas já vamos estando cada vez mais fartos... de saco cheio como se diz no Brasil...
Na minha opinião o sofrimento colectivo deriva da sensação de impotência e dependencia de um sistema corrompido... não encontramos soluções para a mudança… e isso gera desespero… e ninguém consegue parar… vivemos uma falça sensação de liberdade onde aparentemente a solução reside na quantidade de dinheiro que podemos ter acesso... como se a liberdade fosse algo adquirida externamente... um Permacultor descreveu o paradigma da humanidade assim:
"Vivemos como se a humanidade estivesse num auto-carro a 300kmh em direcção a um muro de concreto… sem conductor… e os passageiros estão a discutir a ver quem é que se senta aonde…"
Vivemos num estado generalizado de alucinação colectiva tão complexo que não encontramos mais saída para solucionar os predicamentos actuais…
É curioso… já percebeu que o nosso sistema é baseado em ter ou esperar sempre mais… seja lá do que for… até do Yoga… Quando pergunto a alguém: por que pratica? normalmente a resposta vem de uma necessidade de preencher com "mais alguma coisa" o vasio... Para ser mais flexivel… para ser mais espiritual… para ser mais tranquilo… para ser mais avançado… para ter mais conhecimento…e por aí vai… no trabalho… para ter mais dinheiro… para ter mais coisas…
Não será esse um predicamento energético, um condicionamento... um vicio… que leva a nossa sociedade a ser cada vez mais insustentável? A querer sempre mais? é subtil mas demonstra até em quem procura uma resolução "interna" a necessidade de preencher algo que se encontra em vasio ou deficiente...
E se invertermos o sistema? Praticar o desapego… praticar Yoga para ser menos rigido… menos materialista… para ser menos stressado… para ser menos ambicioso… para ter menos pensamentos… ser menos ganacioso… para compartilhar o escedente…
O modelo insustentável é baseado no medo… medo de tudo… as necessidades e as mentiras são criadas a partir dos bichos papões da nossa mente… e que alguma corporação esta a fazer dinheiro sobre… basta ver um comercial de cosméticos anti rugas… a mulher actual tem medo das rugas e do impacto social da idade e maturidade… de tal forma que acreditam que a sua essência está "à flor da pele…" na superfície… e que a mulher não tem interior… é vazia… e só tem valor se não tiver rugas… peso ideal, medidas ideais… a roupa da moda etc. etc… e o pior é que imposições sociais como essas continuam a funcionar a arrecadar mais combustível para alimentar o sistema… acreditamos nessas mentiras… e compactuamos com elas… de tal forma que passamos a diante esses valores que não fazem sentido algum… e passadas algumas gerações passam a fazer parte das verdades e mentiras… dos certos e dos errados da sociedade… e quem
não compactua… não pertence… quem não pertence deprime… quem deprime está só, e doente… e doente tem que tomar remédio… e quem toma remédio fica ainda mais doente… e lugar de doente é separado da sociedade… num hospital… clínica psiquiatra… lar de idosos etc…
Se calhar a depressão é dos estados mais saudáveis da sociedade actualmente… pois a inadequação faz com que o individuo procure o real valor das coisas e coloque em perspectiva a sua vida… infelizmente hoje em dia até as crianças tomam anti-depressivios…
Mas quem transcende um depressão desperta… e esse despertar pode ser determinante para a transformação da sociedade… encarar as nosssa emoções de frente... e perceber que a nossa essencia está mais além das emoções...
Já não estamos em tempos de levantar bandeiras e tentar convencer os outros de que a vida deve ser dessa ou de outra forma… o caos é tão grande que o que resta agora é cada um de nós fazer o trabalho de casa… determinação, auto observação, e auto entrega… e como velas no escuro ou estrelas no céu que acendem uma a uma contribuir para um despertar ou a iluminação colectiva… pois se quer luz no seu caminho tem que descobrir a sua luz interior… e mais ninguém pode fazer esse trabalho por si… o caminho mais difícil numa sociedade formatada e homogênea... globalizada... é olhar para dentro e se destacar dos condicionamentos impostos pela sociedade... como diz Damian Marley... A diferença e a individualidade é o que faz o mundo girar...
Qualquer bom navegador utiliza o vento a seu favor… talvez essa "crise" seja somente mais uma tempestade… ou talvez seja uma especial… daquelas em que nada vai voltar a ser como foi… mas a vida é uma aventura não é mesmo? Não temos escolha se não atravessar e esperar pela bonança…
Que esse final de ano seja uma a oportunidade para olhar para dentro… descobrir e dar valor as coisas realmente importantes na vida de cada um… buscar a frequência energética que é comum ao ser humano e que quem sente sabe sem dúvidas que é a frequência certa… que o ano novo seja encarado com uma grande oportunidade de mudança… substitua o Medo pelo Amor… a ganância pela generosidade… pratique o perdão e a compaixão… sobre si mesmo e sobre os outros… cultive a amizade desinteressada… cultive a sua força interior e confie na mudança como sendo algo de bom… de positivo… é muito importante confiar nos outros e ser honesto… a humanidade tem duas hipoteses… a luz ou a escuridão… e a escolha é sua… nessa embarcação que estamos todos metidos… é preciso atravessar a escuridão… o olho da tempestade… com equanimidade e calma… não dá para fugir mais… e não dá para continuar à sombra… se já sabe o que
não quer na sua vida… diga não e descarte aquilo que tem a certeza que está a atrapalhar o seu caminho… e para os que sabem o que querem realmente… diga sim e agarre com convicção a sua escolha… pois se a sua escolha é consciente pode ter a certeza que se já não conquistou a sua paz interior… ela está a caminho… e pode agora ajudar os outros… acenda a próxima vela com a sua chama… e como diz Ramana Maharshi… a sua cabeça já está na boca do tigre… agora cabe a ele morder ou não… você já esta a fazer a sua parte…
Independentemente do que a vida nos traz ou do que o futuro nos reserva… é preciso ter consciência clara de uma coisa… “fantasia ou ilusão é aquilo que a humanidade deseja… realidade… independentemente de ser agradável ou não… é aquilo que temos e presisamos…
Mas hey… quem disse que não é bom sonhar????
Pode ser que o seu sonho se torne realidade… basta praticar…
Feliz Natal… que o novo ano traga contentamento e simplicidade para a sua vida…
Tarik
Após mais de 6 meses de ausência... chego a Portugal e só se fala na "Crise"... de tanto ouvir falar em Crise… fui pesquisar a origem da palavra…
Crise: Oriunda do latim, o termo crise tem a mesma equivalência da palavra vento. Indica, assim, um estágio de alternância, no qual uma vez transcorrido diferencia-se do que costumava ser. Não existe possibilidade de retorno aos antigos padrões.
Na Psicologia
No campo da Psicologia, em particular da Psicologia do Desenvolvimento, o conceito de crise é explicado como toda a situação de mudança a nível biológico, psicológico ou social, que exige da pessoa ou do grupo, um esforço suplementar para manter o equilíbrio ou estabilidade emocional. Corresponde a momentos da vida de uma pessoa ou de um grupo em que há ruptura na sua homeostase psíquica e perda ou mudança dos elementos estabilizadores habituais.
A crise pode ser definida como uma fase de perda, ou uma fase de substituições rápidas, em que se pode colocar em questão o equilíbrio da pessoa. Torna-se, então, muito importante a atitude e comportamento da pessoa face a momentos como este. É fundamental a forma como os componentes da crise são vividos, elaborados e utilizados subjectivamente.
A evolução da crise pode ser benéfica ou maléfica, dependendo de factores que podem ser tanto externos, como internos. Toda a crise conduz necessariamente a um aumento da vulnerabilidade, mas nem toda a crise é necessariamente um momento de risco. Pode, eventualmente, evoluir negativamente quando os recursos pessoais estão diminuídos e a intensidade do stress vivenciado pela pessoa ultrapassa a sua capacidade de adaptação e de reacção.
Mas a crise é vista, de igual modo, como uma ocasião de crescimento. A evolução favorável de uma crise, conduz a um crescimento, à criação de novos equilíbrios, ao reforço da pessoa e da sua capacidade de reacção a situações menos agradáveis.
Assim, a crise evolui no sentido da regressão, quando a pessoa não a consegue ultrapassar, ou no sentido do desenvolvimento, quando a crise é favoravelmente vivida.
Como é que encaramos cada desafio nas nossas vidas? Ou as várias crises pessoais ou colectivas?
A essa altura do campeonato a maioria de nós já percebeu ou está prestes a perceber o que de facto é importante na vida… a crise verdadeira é saber que o que nos faz sentir bem de verdade é muito diferente do estilo de vida que a maioria de nós está a levar… e a dependencia do sistema torna-nos prisioneiros de uma mentira... e o tempo vai passando... mas já vamos estando cada vez mais fartos... de saco cheio como se diz no Brasil...
Na minha opinião o sofrimento colectivo deriva da sensação de impotência e dependencia de um sistema corrompido... não encontramos soluções para a mudança… e isso gera desespero… e ninguém consegue parar… vivemos uma falça sensação de liberdade onde aparentemente a solução reside na quantidade de dinheiro que podemos ter acesso... como se a liberdade fosse algo adquirida externamente... um Permacultor descreveu o paradigma da humanidade assim:
"Vivemos como se a humanidade estivesse num auto-carro a 300kmh em direcção a um muro de concreto… sem conductor… e os passageiros estão a discutir a ver quem é que se senta aonde…"
Vivemos num estado generalizado de alucinação colectiva tão complexo que não encontramos mais saída para solucionar os predicamentos actuais…
É curioso… já percebeu que o nosso sistema é baseado em ter ou esperar sempre mais… seja lá do que for… até do Yoga… Quando pergunto a alguém: por que pratica? normalmente a resposta vem de uma necessidade de preencher com "mais alguma coisa" o vasio... Para ser mais flexivel… para ser mais espiritual… para ser mais tranquilo… para ser mais avançado… para ter mais conhecimento…e por aí vai… no trabalho… para ter mais dinheiro… para ter mais coisas…
Não será esse um predicamento energético, um condicionamento... um vicio… que leva a nossa sociedade a ser cada vez mais insustentável? A querer sempre mais? é subtil mas demonstra até em quem procura uma resolução "interna" a necessidade de preencher algo que se encontra em vasio ou deficiente...
E se invertermos o sistema? Praticar o desapego… praticar Yoga para ser menos rigido… menos materialista… para ser menos stressado… para ser menos ambicioso… para ter menos pensamentos… ser menos ganacioso… para compartilhar o escedente…
O modelo insustentável é baseado no medo… medo de tudo… as necessidades e as mentiras são criadas a partir dos bichos papões da nossa mente… e que alguma corporação esta a fazer dinheiro sobre… basta ver um comercial de cosméticos anti rugas… a mulher actual tem medo das rugas e do impacto social da idade e maturidade… de tal forma que acreditam que a sua essência está "à flor da pele…" na superfície… e que a mulher não tem interior… é vazia… e só tem valor se não tiver rugas… peso ideal, medidas ideais… a roupa da moda etc. etc… e o pior é que imposições sociais como essas continuam a funcionar a arrecadar mais combustível para alimentar o sistema… acreditamos nessas mentiras… e compactuamos com elas… de tal forma que passamos a diante esses valores que não fazem sentido algum… e passadas algumas gerações passam a fazer parte das verdades e mentiras… dos certos e dos errados da sociedade… e quem
não compactua… não pertence… quem não pertence deprime… quem deprime está só, e doente… e doente tem que tomar remédio… e quem toma remédio fica ainda mais doente… e lugar de doente é separado da sociedade… num hospital… clínica psiquiatra… lar de idosos etc…
Se calhar a depressão é dos estados mais saudáveis da sociedade actualmente… pois a inadequação faz com que o individuo procure o real valor das coisas e coloque em perspectiva a sua vida… infelizmente hoje em dia até as crianças tomam anti-depressivios…
Mas quem transcende um depressão desperta… e esse despertar pode ser determinante para a transformação da sociedade… encarar as nosssa emoções de frente... e perceber que a nossa essencia está mais além das emoções...
Já não estamos em tempos de levantar bandeiras e tentar convencer os outros de que a vida deve ser dessa ou de outra forma… o caos é tão grande que o que resta agora é cada um de nós fazer o trabalho de casa… determinação, auto observação, e auto entrega… e como velas no escuro ou estrelas no céu que acendem uma a uma contribuir para um despertar ou a iluminação colectiva… pois se quer luz no seu caminho tem que descobrir a sua luz interior… e mais ninguém pode fazer esse trabalho por si… o caminho mais difícil numa sociedade formatada e homogênea... globalizada... é olhar para dentro e se destacar dos condicionamentos impostos pela sociedade... como diz Damian Marley... A diferença e a individualidade é o que faz o mundo girar...
Qualquer bom navegador utiliza o vento a seu favor… talvez essa "crise" seja somente mais uma tempestade… ou talvez seja uma especial… daquelas em que nada vai voltar a ser como foi… mas a vida é uma aventura não é mesmo? Não temos escolha se não atravessar e esperar pela bonança…
Que esse final de ano seja uma a oportunidade para olhar para dentro… descobrir e dar valor as coisas realmente importantes na vida de cada um… buscar a frequência energética que é comum ao ser humano e que quem sente sabe sem dúvidas que é a frequência certa… que o ano novo seja encarado com uma grande oportunidade de mudança… substitua o Medo pelo Amor… a ganância pela generosidade… pratique o perdão e a compaixão… sobre si mesmo e sobre os outros… cultive a amizade desinteressada… cultive a sua força interior e confie na mudança como sendo algo de bom… de positivo… é muito importante confiar nos outros e ser honesto… a humanidade tem duas hipoteses… a luz ou a escuridão… e a escolha é sua… nessa embarcação que estamos todos metidos… é preciso atravessar a escuridão… o olho da tempestade… com equanimidade e calma… não dá para fugir mais… e não dá para continuar à sombra… se já sabe o que
não quer na sua vida… diga não e descarte aquilo que tem a certeza que está a atrapalhar o seu caminho… e para os que sabem o que querem realmente… diga sim e agarre com convicção a sua escolha… pois se a sua escolha é consciente pode ter a certeza que se já não conquistou a sua paz interior… ela está a caminho… e pode agora ajudar os outros… acenda a próxima vela com a sua chama… e como diz Ramana Maharshi… a sua cabeça já está na boca do tigre… agora cabe a ele morder ou não… você já esta a fazer a sua parte…
Independentemente do que a vida nos traz ou do que o futuro nos reserva… é preciso ter consciência clara de uma coisa… “fantasia ou ilusão é aquilo que a humanidade deseja… realidade… independentemente de ser agradável ou não… é aquilo que temos e presisamos…
Mas hey… quem disse que não é bom sonhar????
Pode ser que o seu sonho se torne realidade… basta praticar…
Feliz Natal… que o novo ano traga contentamento e simplicidade para a sua vida…
Tarik